Zona Literária: O Espadachim de Carvão

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Um homem em fuga. Uma luta feroz contra os inimigos. Você não sabe por quê ele está sendo perseguido. Nem ele.

 

Assim começa a história de Adapak, protagonista de “Espadachim de Carvão”, de Affonso Solano. O que pode parecer ser apenas mais um livro de aventura torna-se muito mais logo no primeiro capítulo. De começo as expressões podem parecer estranhas, mas vamos acostumando, ao longo da caminhada que começamos a fazer com Adapak, a reconhecer um mundo novo: as medidas são feitas em cascos, ao invés de metros e os anos são chamados de ciclos.

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Fanart por Guilherme Balbi e Allan Jeff

O próprio Adapak, assim como o leitor, também está descobrindo esse mundo novo. Somos convidados a, junto com ele, conhecer Kurgala, um mundo criado pelos quatro deuses Dingirï, há muito ausentes do convívio com os humanos. E apesar desse mundo possuir espécies muito diferentes dos humanos, ele descobrirá em sua jornada que é ainda mais diferente e especial que os demais.

Em meio a lutas e perseguições, vamos descobrindo o passado de Adapak: um adolescente de 18 ciclos, fascinado por livro de aventura e aparentemente comum, a não ser por alguns “detalhes”: sua pele completamente negra, seu alto conhecimento sobre as mais variadas espécies de Kurgala e suas línguas e sua especialidade no uso dos Círculos Tibaul, técnica de luta ensinada por seu mestre e amigo Telalec, que o torna praticamente imbatível quando está ao lado de suas fieis companheiras, as espadas gêmeas feitas de ossos, Igi e Sumi. Ah, e claro, o fato de que ele é filho de um deus.

Igi e Sumi, as espadas gêmeas.
Igi e Sumi, as espadas gêmeas.

 

Contato em dois tempos – presente e passado -, Espadachim de Carvão nos convida a conhecer Adapak e seu passado ao mesmo tempo em que o próprio herói descobre o mundo e sua própria história. Uma leitura que te prende e instiga a ler o próximo capítulo.

 

O único ponto ruim: esperar pelo próximo livro. Se pudermos esperar por uma continuação tão boa quanto o primeiro livro, valerá a pena.

 

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