Uma aula de estudo em 6 passos com as Meninas!

Você com certeza já ouviu falar ou já viu “As Meninas Superpoderosas”, mas o que você não sabia é que através do cartoon existe 6 razões pelas quais você teve sua introdução inconsciente à igualdade entre os sexos. Melhor que muita aula de escola, poderiam ter substituído qualquer aula de Estudos de Gênero pelo desenho!

Vamos começar???

1 – PERSONAGENS SE VESTIAM DE OUTRO SEXO COM FREQUÊNCIA

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O Professor se vestia de Lindinha com direito a Maria Chiquinha e tudo! Já a própria Lindinha, gostava mesmo de se sentir o Prefeito.

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Um vilão se transvestiu de Florzinha e quase passou despercebido!

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Pelo jeito, os habitantes de Townsville não ficavam nem um pouco chocados com os pelos no corpo de uma mulher, nada de depilação, vamos viver ao natural, uma outra visão da lição de Estudos de Gênero. Além disso, o Professor era visto, várias vezes, usando maquiagem e imitando a senhorita Sara Bellum, lembram?

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Até o eterno rival das adoráveis meninas, o Macaco Louco (melhor nome de personagem de desenho da história, discordem), entrou na dança. Ele se encaixou perfeitamente no papel de amiga das Meninas Superpoderosas ao entrar como penetra em uma de suas festas do pijama. Ficou meiga migs!

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2 – MENINAS DE MENTE ABERTA

Em diversos trechos isso fica muito claro ( até certo ponto de vanguarda para um cartoon infantil)  Usei um diálogo onde as meninas estão conversando e a Docinho ( minha preferida) destaca: “Só porque a pessoa tem potes plásticos em casa, não significa que é mulher.” “Isso, meninos também guardam restos de comida”, completa Florzinha. Isso já mostrava sobre o tão polêmico “Lugar de mulher é na cozinha”.

Em outro momento, a Lindinha comenta: “Aposto que o nosso vizinho é muito forte e másculo”. Ela é logo repreendida pela Florzinha: “Lindinha! Mulheres podem levantar peso também!”. Ou quando a própria Florzinha começa a especular sobre a vida de alguma moça: “Aposto que ela é uma mulher halterofilista muito inteligente” e recebe a resposta de imediato da Lindinha: “…que se apaixona perdidamente pelo professor?”

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E o que dizer desse diálogo seguinte?

Existem algumas funções desempenhadas só por homens ou por mulheres, certo? Peguem a sua família como exemplo. Quem trabalha fora e sustenta a casa?”, pergunta o herói. “Nosso pai”, responderam. “Exato! E quem cozinha?”. “O pai”. “Quem lava as roupas? Quem lava a louça? Quem faz bolo?”. “O pai”. Não contente com o fato de as garotas e seu pai viverem com uma família moderna do século 21 (apesar de que nós assistíamos o programa nos anos 1990), o cara enorme insiste: “Então quem corta a grama do quintal e lava o carro?”. “A Lindinha!”

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OBS: O mais interessante desse episódio é que a Lindinha é vista como a mais feminina das três meninas. E, mesmo assim, é ela que faz os trabalhos manuais mais pesados – porque ela é incrível

3 – FEMME FATALE – VILÕES SEM EXPECTATIVA DE GÊNERO

A Sedusa era uma lutadora perigosa e feroz. Adorava socar seus inimigos! Tal como a mocinha Senhorita Sara Bellum…

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A Femme Fatale, outra personagem incrível, aprontou problemas sérios com a indústria patriarcal dos super-heróis, como na cena em que ela argumenta para as Meninas Superpoderosas: “Claro que você já percebeu isso. As super-heroínas não são tão reconhecidas quando os homens”. Ela se referia ao fato de elas não eram originais e não passavam de uma versão feminina dos super heróis!

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Ele com certeza seria um finalista em Ru Paul’s Drag Race. Ele, o diabo, que era ótimo. Aliás, presumivelmente, ele era um homem. Ele tinha uma voz ambiguamente andrógena, ficava pulando para cima e para baixo de sainha de balé e usava maquiagem. Ele era fabuloso. EXTRAVAGANZAAAAA! Divo!

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4 – WE ARE FAMILY. UNIÃO E FAMÍLIA HOMOAFETIVA SIM!

Vocês lembram do Durão, Fortão e Explosão? O trio era uma versão masculina e maligna das garotas, juntos eles eram os “Meninos Desordeiros”. Fora a parte de querer matar as Meninas, o trio veio de uma família nada tradicional mas com pais bem bacanas. Sim, eles tinham dois pais ( na época ninguém reclamava e as crianças viam sem menor problema) Afinal que mal há em ser filho de um macaco louco e um demônio? Meio diabo, meio lagosta rs. Ainda sim, ninguém reclamava!

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5 – NINGUÉM ERA MAIS FORTE QUE AS MENINAS!

Homens? No cartoon eles eram o sexo frágil, não tinham vez.  “Toda vez que a masculinidade deles é ameaçada, eles se encolhem em tamanho”, era uma das máximas da Florzinha. Sempre que os Meninos Desordeiros faziam algo que parecia “afeminado”, como quando se machucavam, eles literalmente encolhiam – o que na realidade era uma metáfora muito legal. No fim das contas, os homens precisavam das Meninas Superpoderosas para praticamente tudo – até mesmo tarefas ridiculamente fáceis do cotidiano -, como conseguir abrir a porta do banheiro, alcançar o papel higiênico ou o controle remoto.

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6 – PÃE – FIGURA PATERNA MAIS LINDA DOS DESENHOS

Apesar da atmosfera geral de incompetência masculina do desenho, havia um homem realmente incrível no desenho: o Professor que criou as Meninas (afinal, quem deu origem às garotas só poderia ser uma pessoa sensacional mesmo). Além de deixar as crianças abusarem da criatividade com suas roupas, o Professor era um dedicado e carinhoso pai solteiro.

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Este é mais um elemento que faz o desenho tão genial – quebrando outra vez a estrutura tradicional com a qual a sociedade está acostumada, de pai e mãe.

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Por fim, as Meninas Superpoderosas, garotinhas tão doces e pequeninas, eram os adversários mais terríveis que qualquer vilão enfrenta.

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