Top 5 Críticas e Injustiças Feitas ao Novo Robocop – Ah, Seus Chatos!

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O Robocop do nosso querido Padilha causou polêmica. Teve quem gostou e quem não gostou. Quem achou que inovou e quem achou que não chegou aos pés do clássico. Acho que pra muita gente foi uma experiência nova, já que a figura do Robocop acabou se tornando algo Cult só para quem pegou ali os anos 80.
Deixando pra lá essa coisa de criticas e resenhas (até porque vocês já devem ter visto um monte por aí), resolvemos fazer um Top 5 em defesa dos  pontos mais criticados e talvez injustiçados até agora.

Vamos lá!

Bom

Michael “Steve Jobs” Keaton

robocop sellarsMuita gente meteu o malho no personagem Raymond Sellars, CEO da Omni Corp interpretado por Michael Keaton. De que ele havia sido uma espécie de “Steve Jobs genérico”, que não fez o papel de vilão e não representou nada no filme. Acho uma critica bem injusta.

Se formos comparar com o original o empresário malvado da vez era Richard “Dick” Jones, o Presidente Senior da OCP e interpretado pelo ótimo Ronny Cox. Jones sim era o estereótipo do capitalista malvadão que fazia sentido dentro do cenário criado por Paul Verhoeven, mas que era igual a um monte de outros vilões de filmes dos anos 80, como por exemplo, o Hans Gruber de “Duro de Matar”. Inclusive tem o mesmo fim clichê caindo do prédio!
Acho que o personagem do Keaton representa um executivo mais atual, que pensa tanto administrativamente como na imagem do negócio e da sua marca. Só achei que no final as coisas ficaram meio corridas, é verdade. E o personagem acabou mudando sua conduta de uma maneira meio sem sentido, mas fora isso foi muito bem.

A roupa preta do BOPECop

Mesmo antes de o filme sair a galera já estava metendo o malho no visual do Robocop. Que não tinha nada de mais, que estava parecendo o Batman e que não tinha personalidade. Eu até concordo que o visual “tank” do original é mais marcante, só que existe uma razão para as coisas serem como são.

robocop roupa

Primeiro que a cor preta foi bem justificada no filme. Raymond Sellars queria algo mais tático, algo que funcionasse e justificasse o uso de robôs no combate ao crime urbano dentro dos EUA. Precisava ser algo arrojado, que intimidasse e ao mesmo tempo não fosse agressivo ao público.
Ouvi muitas criticas dizendo que não parecia um robô, e sim um cara vestindo uma armadura. Mas eu pergunto: não era essa a intenção? Usar algo meio homem e meio máquina para burlar a lei de proibição de uso de robôs? Ou seja, nada foi aleatório e fez sentido dentro da proposta do filme, toda essa implicância é meio exagerada.

E se vocês ainda tem alguma dúvida quanto a isso eu pergunto: não foi o Michael Keaton que escolheu a cor da roupa?
Então, ele já foi o BATMAN, cacete! Cês queriam o quê? HAHAHA

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Robô duro ou serelepe?

Outra coisa que muita gente bateu na tecla. Quem viu o make of do clássico de 87 percebeu todo o trabalho e estudo de mímica do ator Peter Weller na busca da expressão corporal mais apropriada para um homem-máquina. Acho que todo garoto da minha geração já imitou o andar do Robocop (inclusive fazendo barulhinho com a boca), é algo marcante.

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Mas o novo Robocop tem uma proposta diferente. Agora a consciência de Murphy divide espaço com a automatização de um software que age de maneira bem intuitiva. Quando em modo de combate o software assume e Robocop se move de maneira leve e rápida, preciso nos movimentos e procurando sempre a melhor posição. O universo do novo filme retrata de uma tecnologia bem avançada e seria totalmente incompatível termos um robô todo duro andando por aí. As vezes em que ele se movimenta de maneira mais estranha é porque Murphy está no controle, e não o software, mostrando assim a estranheza do homem tentando se adaptar a máquina.

A Grande Família

robocop familiaJá digo de cara que eu concordo que poderia ter sido bem melhor a questão de como foi retratada a família do Robocop no filme. Mas acho super injusto ouvir uma penca de gente dizendo que no original essa relação foi mais bem construída. Sério mesmo, gente???
No 1º filme você nem vê a família do Murphy! Ok, tem até aquela cena do flashback na casa que é magistralmente dirigida pelo Verhoeven. Mas só! No novo filme vemos as duvidas e as questões que perturbam a esposa do Murphy. Presenciamos a vergonha dele de se mostrar para a mulher nas câmeras. O bullying e a reação do filho pequeno diante de tamanha mudança.
É uma coisa rasa? Talvez seja um pouco, mas ao menos está lá. Muitos criticaram a atuação da Abbie Cornish como esposa do Robocop dizendo que ela estava muito “sem sal”. Eu sinceramente fiquei satisfeito.

“Vrum, clik, tump, tump, tump”. O Som do Robocop

Assim como o original, a sonoplastia do novo filme é espetacular! O momento em quê o Murphy desperta e começa a se mover pelo laboratório é de arrepiar. O som dos passos dele ao se reencontrar com o filho e os “cliques” e “claques” enquanto é desmontado ficam ecoando no ouvido.

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A sonorização não deixa nada a desejar. Talvez seja precipitado dizer isso ainda, mas quem sabe não vemos uma indicação a prêmio de efeitos sonoros? Não seria nada injusto.

Bom galera, esse foi nosso Top 5 em defesa dos pontos mais criticados do novo Robocop. Claro que o filme não é perfeito, mas temos de ser justos e não julgar baseado em preconceitos. Mas aguardem que também estamos preparando uma lista das piores coisas no filme também. Afinal, temos de avaliar os dois lados da moeda.

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