Vocês conhecem a série Fire Emblem? Acredito que muitos aqui levantariam o braço e falariam que sim. Mas se essa pergunta fosse feita em 2001 o resultado não seria o mesmo. Completando 25 anos em 2015, a franquia da Nintendo passou despercebida no Ocidente por muitos e muitos anos.
“Fire Emblem” é uma série de RPG tático que teve seu início no console “Nintendinho” em 1990 com o jogo Fire Emblem: Shadow Dragon and the Blade of Light [1]. Para época o jogo foi um tanto inovador e diferente por misturar elementos clássicos de RPG como classes, HP, experiência e equipamentos e elementos de jogos táticos como turnos e a colocação das unidades no mapa. Além de mecânicas únicas e inovadoras à série como a morte permanente de personagens e histórias em volta de um “Fire Emblem”, elemento que mudava de jogo para jogo, conforme sua história.
Apesar do primeiro jogo não ser um grande hit, afinal concorria com nomes de peso, a série manteve um ritmo e teve jogos lançados para Nintendinho, Super Nintendo e assim por diante. Sempre mantendo uma identidade muito firme e única, a série foi crescendo e acompanhando a evolução dos jogos de uma forma bem fiel à sua proposta.
Mas embora fosse uma série sólida e com elementos interessantes o público ocidental só foi ter realmente contato com a franquia em 2002, com o lançamento do jogo Super Smash Bros. Melee para GameCube. O jogo trazia dois personagens da série: Marth (do Fire Emble original) e Roy (do Fire Emblem: The Binding Blade – na época, recém lançado para o GameBoy Advance), o que atraiu atenção do público para o jogo até então desconhecido. A partir daí a série teve todos os seus jogos lançados no Ocidente, com a exceção do New Mystery of the Emblem para Nintendo DS.
Independentemente de ter apenas metade da sua vida no Ocidente a série mostrou ter bastante impacto, principalmente com o último jogo lançado: Fire Emblem Awakening, para o Nintendo 3DS. Com uma aproximação um tanto nostálgica para os antigos fãs quanto vindo com muitas inovações e possibilidades para jogadores novos abraçarem a série a formula foi ótima e deu certo. O jogo é o que tem um dos melhores índices de venda da série.
E não para por aí. Em janeiro desse ano foi anunciado um novo jogo, detalhado na Nintendo Direct de abril. Nomeado de Fire Emblem If, o jogo virá com diferente versões no Japão, contando como uma escolha pode mudar o rumo da história. Além disso a Nintendo está com um concerto em homenagem aos 25 anos da série marcado para julho no Tokyo Dome City Hall e provavelmente será nos moldes das sinfonias feitas para outras franquias da empresa como o The Legend of Zelda: Symphony of the Goddesses.
[1] – Título original: “Fire Emblem: Ankoku Ryu to Hikari no Tsurugi”. como nunca foi lançado fora do Japão, nunca teve um título em inglês mas em sites oficiais da Nintendo foi assumido
p.s.: Apesar dos jogos nunca terem vindo para o Ocidente somente em 2003, Fire Emblem possui um anime em OVA de dois episódios que conta um pequeno pedaço da história do terceiro jogo. Chegou a ser lançado, legendado e dublado, por aqui, mas não emplacou. Nem aqui, nem no Japão. Foi cancelado.
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