Jessica Jones: Nós Vimos… E Aprovamos!

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Jessica Jones: o que dizer desse seriado que saiu na sexta e eu já considero pacas?

Sim, enfrentei o desafio de fazer uma maratona com todos os 13 episódios. Assisti 12 episódios e meio na própria sexta, dia 20/11, e o final ontem de manhã.

Como tudo que a Netflix tem se proposto a fazer, Jessica Jones é muito bem adaptado e segue a pegada original dos quadrinhos. A personagem, criada em 2001 para o lançamento da revista Alias, segue a linha de publicações chamadas pela Marvel de MAX, contendo histórias mais violentas e de conteúdo mais explícito.

Mas vamos por partes. E sem spoilers, é claro. =)

NEW YORK, NY - MARCH 10: Krysten Ritter filming "Jessica Jones" on March 10, 2015 in New York City. (Photo by Steve Sands/GC Images)

Depois do grande sucesso da primeira temporada de Demolidor, A Netflix aceitou o desafio de criar do zero uma série baseada em uma heroína (o que já é um diferencial) desconhecida de grande parte do grande público. Mas Jessica Jones é muito mais que uma simples heroína: ela é humana, tem problemas (muitos) e uma história original e bem construída. O que também se aplica à (quase) todas as personagens femininas do seriado).

Temos uma série intrigante, com história bem construída e que não traz tudo mastigado como a maioria dos filmes de origem. O recurso dos flashbacks nos contam um pouco da história de Jessica, mas quando somos apresentados à ela já conhecemos uma mulher forte, apesar de traumatizada, mas que tem plena consciência de quem é e de como seu passado a afeta.

A abertura traz a fotografia usada no trailer, mostrando um pouco do trabalho de Jessica como investigadora particular: muitas janelas, carros e pessoas na penumbra, sempre mescladas à arte estilo aquarela presente na maioria das peças de divulgação.

A história se passa em uma Nova York caótica, no mesmo universo cinematográfico de Vingadores – e algumas referências podem ser percebidas em algumas falas e conversas entre os personagens. E apesar de não dar grande destaque ao bairro de Hell’s Kitchen, podemos notar que os problemas da cidades não estão restritos ao campo de ação do Rei do Crime.

O seriado nos apresenta uma Jessica (Krysten Ritter) durona, que luta com seu passado e os crimes e atrocidades que foi obrigada a cometer. Em um jogo de iluminação que mistura flashbacks com delírio, vamos aos poucos sendo apresentados aos traumas de Jessica e ao vilão da história, Killgrave (David Tennant), um cruel manipulador de mentes.

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Killgrave, aliás, merece destaque à parte: frio e extremamente calculista em suas ações, ele chega a parecer até mesmo ingênuo em alguns momentos, sem parecer perceber a real dimensão de seus poderes. Você passará o seriado inteiro se dividindo entre ter ódio dele ou pena – e são essas reviravoltas que fazem o seriado te prender na tela da TV ou computador.

Se você assistiu Demolidor e se chocou com a violência explícita, Jessica Jones não é pra você: aqui, além das variadas cenas de luta regadas à muitos cortes, hematomas e sangue, temos várias cenas de sexo descarado e sem pudor, principalmente quando Luke Cage (Mike Colter) entra em cena.

Os personagens mais secundários, como Trish Walker (Rachael Taylor), melhor amiga de Jessica, a advogada calculista Jeri Hogarth (Carrie-Anne Moss) e o desajeitado Malcolm (Eka Darville) tem seu papel na história, mas suas tramas secundárias poderiam ter sido melhor desenvolvidas.

 

 

Ao final de 13 episódios fica um gostinho de quero mais. A estratégia da Netflix de soltar todos os episódios de suas séries de uma vez é boa para os maratonistas, mas deixa um sentimento forte de saudades até a próxima temporada.

Não demore para voltar para nós Jessica <3

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